Estudo hidrológico para Obra-de-Arte-Especial ao longo da rodovia transamazônica
Elaboração de estudos hidrológicos para recuperação de diversas pontes existentes ao longo da BR-230, Rodovia Transamazônica, no Pará.
Desafio
Determinar a cota de assentamento para as pontes de interesse seguindo as normas de estudos hidrológicos e projetos rodoviários do DNIT.
Abordagem técnica
O escopo foi executado buscando dados hidrológicos na região que pudessem gerar estimativas razoáveis de vazões nas bacias hidrográficas delimitadas pelas OAEs.
O estudo hidrológico foi realizado seguindo as diretrizes do DNIT, com a determinação de vazões por métodos estatísticos (quando possível) e estimativa via método do Hidrograma Unitário quando necessário.
A cota de inundação para eventos de 100 anos foi estimada com base em Equação de Manning e Simulações Hidráulicas, garantindo o gabarito vertical de navegação (quando necessário) e borda livre.
Cada OAE teve seções transversais, medições de vazão e relatórios fotográficos para que os resultados obtidos fossem condizentes com a realidade local.
Resultados e Interpretações
Os resultados gerados permitiram identificar cotas de segurança para assentamento das OAEs, em alguns casos sendo necessário elevar a cota dos projetos existentes para garantir a segurança hidrológica da estrutura.
A participação em reuniões e discussões com técnicos do DNIT foi essencial para elaboração e boa condução dos estudos, garantido que a conformidade das metodologias e resultados aos manuais e diretrizes do DNIT.
As simulações hidráulicas consideraram não apenas as seções existentes, mas também possíveis conformações devido a encaixes de projeto, garantindo que as cotas obtidas sejam seguras para seções naturais e conformadas.
Impacto e Aplicações
Determinar cotas de segurança em regiões com carência de dados é um desafio técnico repleto de incertezas que podem levar a insegurança hidrológica do projeto.
Os resultados discutidos e aprovados pelo DNIT, muitas vezes levando a elevação das cotas atuais, indicam que as estruturas possuem segurança hidrológica e navegação garantidas mesmo para eventos extremos (100 anos ou mais de tempo de retorno).
Os estudos elaborados para as OAEs da BR-230 podem ser replicados em rodovias, ferrovias e escopos relacionados a caracterização hidrológica de uma região.
Equipe e parceiros
A equipe que desenvolveu foi formada pelos profissionais:
- José Rafael Cavalcanti
- Benício Monte
- Daniele Ferreira
- Victor Falcão
Dados do Contrato
Ano: 2017-2019
Contratante: DNIT | Arteleste Construções
